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Amara Moira, travesti e escritora lança seu livro "E Se Eu Fosse Puta?"

  • Foto do escritor: Brian Moreira
    Brian Moreira
  • 29 de ago. de 2016
  • 2 min de leitura

No dia 09 de agosto deste ano, na Livraria Cultura, Conjunto Nacional, em São Paulo, as 19 horas da noite, foi lançada a obra E Se Eu Fosse Puta da travesti e escritora, Amara Moira.


Em seu livro, Moira relata acontecimentos com travestis garotas de programa, disserta sobre suas opiniões e aponta as dificuldades das travestis quanto a segurança no trabalho como profissionais do sexo que, segundo ela é precária, a ponto de colocar a vida das profissionais em risco.


O livro de Moira é como um espaço de reflexão sobre a necessidade latente que tinha de se assumir, tornar-se prostituta e escritora. A demora para se assumir veio do medo que sentia de se prostituir das formas mais violentas possíveis.


Para escrever seu livro, Moira decidiu entrar no mundo das travestis e entender que muitas vezes, a prostituição, poderia ser uma escolha. Agora, após o término e lançamento de sua obra, a escritora espera que o livro seja um instrumento que ajude pessoas a pensar sobre o que é, de fato, prostituição.


Além de seus pensamentos, no livro há tirinhas do cartonista Laerte e textos de colegas da autora. Há desde relatos de programas até especulações e motivações de clientes para maltratarem quem está trabalhando. Tais encontros com o preconceito vivenciados pela autora e colegas, a fizeram mudar seu jeito de pensar o mundo da prostituição.


Moira espera que sua obra tenha uma função positiva, a de fazer com que as pessoas, a sociedade como um todo, veja as travestis e prostitutas por um olhar mais humano. Para a escritora, os homens, por causa da sociedade e pela forma que foram ensinados a viverem suas vidas, mantém máscaras que são, quase sempre, retiradas quando estão na presença de prostitutas.


Para entendermos um homem que, segundo ela, volta a ser machista após o gozo, é necessário ouvirmos o relato das prostitutas, aquelas que sofrem na pele, literalmente, as desaprovações das pessoas.


Para Moira, o "Não" que as feministas falam devem ganhar os bordeis, pois empoderar as prostitutas também é humano. Travestis são mortas trabalhando, e dizer não seria a salvação de muitas delas, segundo a escritora.


E Se Eu Fosse Puta já está disponível nas livrarias, foi publicado pela editora Hoo e conta com 200 páginas. Para você que, após ter lido o artigo, estiver interessado em bater um papo sobre o assunto, deixe abaixo sua opinião, pois teremos o grande prazer em bater um papo com você. Para mais artigos como este, de grandes escritoras como Moira, não deixe de nos acompanhar no facebook e em nosso site.


 
 
 

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